Sexo e Chuva: Outono
(em 21.03.01)
A varanda aberta e o vento frio entrando por ela. O casal na cama, coberto por um lençol pequeno demais. Sonhos separados e distantes em cada sono. O frio ao se tocarem sem intenção.
A chuva que começa, acelerando. O barulho e as gotículas refletidas no chão perturbando o sono. A impossibilidade de permanecer dormindo. A preguiça de levantar. A pele gélida no ombro adormecido.
Um beijo forçado demais. Os toques brutos demais. A cama molhando. Aproximação rápida demais, direto ao ponto demais. A tentativa vazia de se preencherem de novo.
O ritmo que tenta resgatar o que passou. Os olhos que se evitam.
O fim sem alívio.
A chuva que passa.
O vento frio.