23.6.01

Invocation II - ADT Remix
em 13.02.01

Pieces of
futures
killing
a present
I wish won´t
last.

14.6.01

Invocation I - Hypnomaster Remix
em 13.02.01

brain
plans
gone astray
going away
again
Invocation I - ADT Remix
em 13.02.01

My brain
connected to higher
plans

Calling forth
the past to
forget again

4.6.01

Hai-kai Molhado
em 04.01.00 (mas igualmente válido para hoje)

Tempestades com insônia,
Em imagens gélidas,
Chamando para as ruas

3.6.01

Casa de Chá
em 20.10.99

Hoje, fui atingido por um desejo enorme de beber chá. Um problema menor, uma vez que havia água e panelas e fósforos e - até - chá. Sendo assim, preparei um chá de maçã (o que não deixa de ser algo tecnicamente impossível, mas vá lá), separei algumas torradas e fim da história.

Quem me dera.

O chá que tomei, apesar de bastante agradável, não satisfez meu desejo. Tampouco as torradas sem manteiga ou geléia. Não por estarem sem manteiga ou geléia, mas por não serem o acompanhamento para o chá que buscava.

Enquanto minhas narinas eram aquecidas pelo cheiro do chá (que não deixada de ser tingido por tons de cloro queimado), percebi que não era aquele chá que queria beber. E nem nenhum outro que estivesse ali naquele momento. Eu queria beber uma sensação específica.

Eu desejava - quase precisava - beber o chá descrito em romances. Um chá quente e reconfortante num dia frio. Um que fosse ao encontro das minhas necessidades no momento, que - por conta de um livro de fantasia de segunda ou terceira categoria - passavam por me sentir acolhido por objetos inanimados, por um lugar.

Eu precisava de um café (ou uma casa de chás). Precisava entrar num lugar quente, saindo de uma rua fria. Tirar meu casaco, sorrir para uma atendente (não pela beleza dela, mas pelo contentamento de ser acolhido), sentar-me, sacar um dos livros que não encontro a dedicação para ler de meu bolso e passar horas sentindo a vida passar. Algo para beber também cairia bem. Em uma xícara de porcelana branca.

O que eu precisava, mas que chá (ou no lugar de chá), era uma dose de glamour, de beleza em coisas pequenas, das luzes amareladas de um pôr-do-sol passando por cortinas finas, de uma solidão controlada e escolhida...

Acho até que trocaria o chá por um café.
Em 08.11.00